O poder do não

Essa semana tive o privilégio de receber uma oferta de emprego. Paga bem, em empresa grande, na minha área.
E eu ainda tenho dúvida. De todos os problemas que passei nos últimos tempos, o que me mata sempre é a dúvida.

Como eu aprendo a dizer não, se todo o senso comum me diria para responder sim?
Pela minha vontade, eu não quero ir para esse emprego. Isso lá é argumento?



O salário é um pouco  menor do que a minha pretensão, e eu teria que atuar em uma prestadora de serviço, o que nunca fiz. Mas o problema não é esse. O problema é que é longe e eu sei o quanto vou me dedicar, que vou novamente sacrificar todo o meu tempo para garantir que a empresa tenha o melhor resultado. Isso tudo parece ótimo para o empregador, mas eu sei o quanto vai me fazer mal. Daí que vem meu medo, eu sei o quanto vou me sacrificar, por que fazer isso se não quero realmente esse emprego?

Não consigo ainda dar o meu não final, e o e-mail fica lá como não respondido. Posso me arrepender, não seria meu primeiro arrependimento. Hoje tive tantos outros problemas mas minha preocupação é responder uma boa pessoa que me ofereceu essa oportunidade, ela nem sabe o quanto me faz feliz e triste ao mesmo tempo. Recusar uma oferta quando estamos desamparados é padecer no paraíso.

Já procrastinei, já resolvi os outros pepinos, mas esse é o grande tormento, a cereja do bolo do dia de hoje.

Dizer meu não vai ser meu grito de liberdade contra as amarras do conformismo, não posso aceitar uma oportunidade que já não quero de início. Me perdoe quem procura por ela, essa não sou eu e a mesma ficará disponível para você que realmente a quer.

Abraços ansiosos,
Tami

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